Durante as quase duas horas em que esteve no Hotel Hyatt, em São Paulo, para ministrar uma palestra a 622 empresários, ser sabatinado por eles e depois atender jornalistas, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, citou a palavra “crise” nove vezes. O adjetivo “difícil” foi pronunciado outras seis. O termo “realismo” apareceu em pelo menos três momentos. O evento, realizado na segunda-feira 30 pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais, escancarou o tamanho da encrenca que Levy tem pela frente. Não é tarefa simples colocar a economia nos eixos e dar algum rumo para o governo da presidente Dilma Rousseff. “É preciso encarar os problemas do Brasil com realismo”, disse Levy. “O ajuste vai ser duro, mas vai ser rápido.” O choque de realidade anunciado pelo ministro traz um efeito indigesto. Nenhum dos 39 ministros de Dilma está tão exposto quanto ele. Nenhum tem sobre os ombros o peso de defender o que parece indefensável – aperto nos cintos, fim de concessões fiscais, rearranjo de benefícios trabalhistas. Para expor suas ideias e, acima de tudo, ajudar um governo que não se ajuda, Levy vem enfrentando (e continuará a enfrentar) um verdadeiro calvário. A boa notícia é que parece decidido a não fraquejar.
Fonte: IstoÉ - 06/04/2015
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