O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já começou a acionar o plano B para aumentar as receitas e garantir o cumprimento da meta fiscal deste ano. A ofensiva do governo no campo dos impostos agora mira também os mais ricos – uma estratégia que tem como objetivo garantir apoio político ao pacote de ajuste fiscal, principalmente das lideranças do PT. Além de ter elevado, há uma semana, a tributação de PIS e Cofins incidente sobre as receitas das empresas obtidas com aplicações financeiras, o governo estuda aumentar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos. A CSLL subiria de 15% para 17% ao ano, segundo fontes ouvidas pelo Broadcast. A medida tem o apoio da Receita Federal, segundo fontes do governo. O Fisco vê margem para esse aumento da carga tributária dos bancos. Em 2014, a arrecadação da CSLL dos bancos somou R$ 10,9 bilhões. O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, participou de reunião no Ministério da Fazenda. Por duas vezes, quando questionado sobre a possibilidade de alta da CSLL, Levy não descartou a medida. “Continuamos a fazer as mudanças necessárias”, disse Levy nesta sexta-feira, em evento em Goiânia.
Fonte: Estadão - 11/04/2015
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