Quinta-feira à noite na cidade de São Paulo. Bares, restaurantes e casas
noturnas costumam fazer de alguns bairros paulistanos referências
mundiais de entretenimento noturno, numa prova de que a capital paulista
não dorme. Quando o paulistano não trabalha, está se divertindo. Tal
organismo pulsante de luz e vida tem uma medula, a Avenida Paulista. Às
22 horas da última quinta-feira, dia 13, o mais conhecido cordão de
asfalto da cidade estava silencioso, tomado por uma fina névoa de gás
lacrimogêneo. Como no início do século passado, cavalos percorriam a via
pública em galope desabalado. Talvez como sinal dos tempos, os animais
eram comandados por integrantes do Regimento de Cavalaria 9 de Julho da
Polícia Militar. Junto dos batalhões de choque, da Força Tática e da
Rota, a cavalaria expulsava quem tentasse passar pela avenida. A
Paulista se transformara numa zona militarizada. A PM reafirmava sua
autoridade, após um violento confronto
com militantes do Movimento Passe Livre (MPL), que fazia seu quarto
protesto contra o aumento da passagem de ônibus na cidade neste mês.
Fonte: Revista Época - 17/06/2013
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