O empresário Abilio Diniz costuma contar a seguinte história quando é questionado sobre as razões que o levaram a propor a fusão da rede varejista Pão de Açúcar com o Carrefour, em 2011, projeto que fracassou em razão da oposição de seu sócio francês Casino. Além de considerar que era um bom negócio, ele surpreende os ouvintes com uma frase de efeito. “Cansei de disputar o Campeonato Brasileiro. Agora, eu quero a Liga Mundial.” Aos 76 anos de idade, Diniz terá a chance de avançar internacionalmente, caso seu plano de assumir a presidência do conselho da BRF, maior empresa de alimentos do Brasil, se concretize. É que a companhia resultante da união entre Perdigão e Sadia tem como uma de suas principais estratégias para os próximos anos a consolidação de sua posição no Exterior, atualmente responsável por 40% de sua receita. “Ela agora está pronta para avançar de forma mais acelerada no seu projeto de internacionalização”, disse à DINHEIRO Nildemar Secches, presidente do conselho de administração da BRF, que confirmou, no dia 1º de fevereiro, sua saída do board da empresa, depois de 18 anos à frente do negócio – incluindo o tempo em que comandou a Perdigão. Com o anúncio da renúncia de Secches, o caminho está aberto para Diniz, que tem ao seu lado o fundo Tarpon, dono de 8% do capital da BRF.
Fonte: IstoÉ Dinheiro - 09/02/2013
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