
A despeito das sucessivas medidas de desoneração lançadas pelo governo Dilma Rousseff, o peso dos tributos na economia nacional bateu o terceiro recorde consecutivo no ano passado. Impostos, taxas e contribuições cobrados por União, Estados e municípios consumiram R$ 1,742 trilhão, ou 35,95% da renda dos brasileiros, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (19) pela Receita Federal. O aumento em relação ao ano anterior –quando a arrecadação atingiu 35,86% do Produto Interno Bruto– não chega a ser expressivo. O resultado, porém, vai na contramão da política econômica, que buscava um alívio na carga tributária do país, muito elevada para os padrões do mundo emergente. Uma das explicações para a elevação é a manobra promovida pela administração petista para fechar as contas do Tesouro Nacional em 2013: a reabertura do programa de parcelamento de dívidas em atraso com o fisco. As desonerações em benefício de diversos setores tiraram o fôlego da receita, mas o governo manteve seus gastos em alta. Por isso, no final do ano, precisou do programa para obter mais R$ 21,8 bilhões e cumprir, formalmente, sua meta fiscal. Devido à expansão contínua das despesas públicas, o peso dos impostos na economia brasileira cresce desde os anos 90. Antes do Plano Real, lançado em 1994, a carga representava cerca de um quarto da renda do país. Hoje, ela é comparável à de países ricos da Europa, como Alemanha e Reino Unido e só superada, entre os principais emergentes, pela da Argentina, que disparou no governo de Cristina Kirchner.
Fonte: Folha - 20/12/2014
Clique aqui para ler a íntegra da matéria
0 Comentários - Clique aqui e comente:
Postar um comentário
Deixe seu comentário, crítica ou sugestão.