Juros, inflação, dívida pública, balança comercial: os principais indicadores pioraram em 2014, mas muitos eleitores parecem alheios à deterioração do cenário econômico. A explicação, segundo o cientista político Marcus André Melo, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e doutor pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), é que as eleições são definidas, em grande parte, pelo chamado “ignorante racional”. “É um eleitor para quem a palavra macroeconomia não faz o menor sentido”, explica. “Ele faz um cálculo racional de sua situação salarial e profissional. E, dentro de suas limitações, seu voto é coerente”, afirma. Segundo Melo, a deterioração econômica só afeta as intenções de voto quando o desemprego aumenta. Isso ocorre, segundo o cientista político, porque falta ao eleitor a noção do chamado 'cálculo intertemporal'. Como o eleitorado médio não conhece profundamente como funcionam as políticas públicas, tampouco pode julgar sua sustentabilidade através do tempo.
Fonte: Veja - 04/10/2014
Clique aqui para ler a íntegra da matéria
0 Comentários - Clique aqui e comente:
Postar um comentário
Deixe seu comentário, crítica ou sugestão.