sábado, 5 de abril de 2014

Nenhuma placa em um campo árido no Nordeste do Brasil indica que ali será o centro de uma das mais ambiciosas incursões agrícolas da China na América do Sul. Em 2011, a Chongqing Grain Group anunciou planos para construir na região de Barreiras, no oeste da Bahia, uma fábrica de esmagamento de soja, ferrovia e um polo gigante de armazenagem e transporte de grãos para exportação para a China. O valor total do empreendimento: 2 bilhões de dólares. No entanto, até hoje, a empresa só conseguiu fazer a terraplenagem de uma área de 100 hectares, onde a unidade de processamento poderia um dia ser instalada. Com o projeto em espera, o mato e os arbustos estão começando a crescer de novo no terreno limpo. Os planos paralisados são exemplos das dificuldades enfrentadas pelos investimentos chineses outrora promissores no Brasil. A notória burocracia brasileira, a desaceleração econômica do país e uma desconfiança profunda em relação à fome chinesa por terras parecem explicar por que o campo ainda está vazio.
Fonte: Exame - 05/04/2014

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