
Nos anos 1990, um dos maiores sucessos da MTV era o desenho Beavis & Butt-Head. Os protagonistas passavam a tarde assistindo e comentando (com muitos palavrões) videoclipes. Em um episódio, Beavis pergunta ao seu companheiro como era a vida antes da televisão. “Deixa de ser estúpido”, disse Butt-Head. “A TV sempre existiu, só que agora há mais canais.” Beavis concorda: “Ah, o progresso é legal”. O raciocínio tortuoso, típico da dupla, não está de todo errado. Há cada vez mais canais, mas muitos deles não estão no televisor. Os vídeos estão nos tablets, celulares e computadores, que transportam os comentários dos telespectadores da sala de casa para uma praça pública global. Agora, é um olho na telona e o outro na telinha do smartphone. Esse novo contexto muda completamente o mercado mundial de televisão, com consequências drásticas até para o povo que tem a novela como instituição nacional. A tradicional disputa entre emissoras como Globo, SBT e Record agora vai às redes sociais, do Twitter ao Facebook, que, por sua vez, entram em choque para tentar ser o principal canal de discussões dos espectadores.
Fonte: IstoÉ Dinheiro - 02/12/2013
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