sábado, 6 de abril de 2013

Nenhum lugar do mundo é como a Coreia do Norte, e nada se assemelha à sua retórica. Acompanho a propaganda política de Pyongyang desde os anos 1960. É uma tarefa deprimente, avivada por um estranho sorriso irônico. A maioria da prosa de Pyongyang é pesada e estridente. Bravatas e hipérboles, além de idolatria, são recursos comuns, exaltando ou ameaçando incessantemente. Na era da internet, qualquer um - exceto na Coreia do Sul, que absurdamente impõe vetos - pode ler essas falas, se tiver paciência. A KCNA, agência noticiosa oficial da Coreia do Norte e o jornal diário do partido, Rodong Sinmun, estão online, em inglês e em outras línguas. A leitura atenta desses textos abre um universo paralelo - e uma cápsula do tempo. O Pyongyang Times de hoje se parece ao dos anos 1960. Ou seja, há continuidade - mas também mudança. Nos últimos 16 meses, desde que Kim Jong-un se tornou líder, após a morte de seu pai, Kim Jong-il, a Coreia do Norte elevou sua retórica.
Fonte: BBC Brasil - 06/04/2013

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