Não faz muito tempo um leitor atento pediu que eu escrevesse sobre a relação entre a solidão e a saúde. Eis que surgiu a oportunidade. Não é de hoje que os estudos sugerem que a saúde física e mental dos casados (dos bem casados, melhor dizendo) leva vantagem sobre a dos que vivem sozinhos. Com essa afirmação, não pretendo despertar a ira dos solteiros convictos, aqueles que dizem ser felizes assim. Sem precisar dividir coisa alguma, sem precisar cultivar relações duradouras, sem ter um parceiro para todas as horas – para as boas e, principalmente, para as ruins. Compreender de que forma o casamento contribui para a saúde ou a saúde contribui para o casamento é uma tarefa que mobiliza pesquisadores de várias áreas. Parece a brincadeira do ovo e da galinha. Definir “o que vem primeiro” é um exercício necessário.
Fonte: Época - 16/02/2013
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