sexta-feira, 10 de junho de 2011

Entre as décadas de 60 e 70, a industrialização e a urbanização acelerada produziram uma mobilidade em escala inédita no país. “Há um ganho imediato quando alguém deixa de ser trabalhador rural para ser operário ou motorista”, diz o economista Nelson do Valle Silva, especialista em mobilidade social. O analfabetismo em massa, porém, impunha um claro limite a essa mobilidade, que ficou restrita à renda e não se traduziu em cidadania. Com a crise econômica a partir de 1980, mesmo a mobilidade puramente econômica estancou. Recentemente, o cenário mudou graças à ocorrência simultânea de dois fenômenos: o aumento da escolaridade, especialmente dos mais pobres, e o crescimento da oferta de empregos qualificados.
Fonte: Exame - 10/06/2011

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