Alguns especialistas defendem que, assim como o Brasil criou seu próprio 'estilo' no futebol, desde o início dos anos 2000 tentou forjar um modelo de capitalismo próprio, que até poucos anos atrás parecia ser bem-sucedido. O sistema econômico capitalista "à brasileira" teria o Estado como forte protagonista. O governo controlaria ou procuraria influenciar empresas em setores-chave – como eletricidade e petróleo. Além disso, levaria adiante uma política de investimentos indiretos em determinadas companhias privadas - das quais o Estado se tornaria acionista minoritário. Em 2012, ao analisar este fenômeno, a revista britânica The Economist classificou o Brasil como um exemplo do modelo que classificou como "capitalismo de Estado", que também seria predominante em países como China e Rússia. Desde então, houve uma reviravolta no cenário econômico global e no Brasil em particular. A economia brasileira estancou e a Petrobras mergulhou na pior crise de sua história, na esteira do caso de corrupção revelado pela Operação Lava Jato. O modelo de "capitalismo de Estado", que teria avançado sob os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, passou a ser fortemente questionado.
Fonte: BBC Brasil - 13/05/2015
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