sábado, 14 de março de 2015

Pelo volume de críticas que recebe por todos os lados, a geração Y deveria estar com as orelhas constantemente vermelhas. Os jovens de hoje, insistem diversos especialistas, são superficiais, ansiosos, impacientes e egocêntricos. Não é perseguição. Falar mal da juventude é um hábito antigo, de acordo com Sidnei Oliveira, especialista em conflitos de gerações. Os “baby boomers”, que nasceram depois da 2ª Guerra Mundial, eram vistos como rebeldes e insubordinados pelos mais velhos. Mais tarde, a geração X, que veio ao mundo entre a década de 1960 e o começo dos anos 1980, levaria a pecha de consumista. Mas nenhum jovem foi tão criticado quanto o Y, na opinião de Sidnei. “Houve uma tentativa exagerada de explicar essa geração, o que acabou levando a várias distorções”, afirma. Ele diz que o estereótipo mais comum - e também o mais perverso - é o de que o jovem é um profissional pouco confiável. “São acusações exageradas, que trazem sobrecarga para quem está entrando no mercado de trabalho”.

Fonte: Exame - 13/03/2015
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