terça-feira, 24 de março de 2015

Inflação em alta, atividade em queda, dólar nas alturas, aperto nas contas públicas, um presidente enfraquecido e um Congresso em ebulição. Poderia ser um resumo das manchetes de 2015, mas nenhum destes elementos é novidade na história do Brasil. No final de 2014, alguns economistas lembravam que o Brasil já havia se saído bem, por exemplo, de ajustes fiscais duros no passado. A previsão dos otimistas era que se a presidente levasse a sério uma recondução da política econômica, este ano poderia acabar sendo um pouco como 2003, que terminou muito melhor do que começou. O problema é que ficou difícil ver de onde pode vir o otimismo. “2015 nunca poderia ser igual a 2003 como Dilma e Lula estavam pensando. Naquela época, uma sucessão de choques produziu uma rápida recuperação da confiança”, lembra Maílson da Nobrega, ex-ministro da Fazenda no governo Sarney e hoje na consultoria Tendências. Já no final de 2002, a indicação do banqueiro Henrique Meirelles para o Banco Central afastou o temor de que o regime de metas de inflação seria abandonado.

Fonte: Exame - 24/03/2015
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