
Junho de 2013 já fez história. É provável que, daqui a algumas décadas,
brasileiros que tomaram as ruas do País no final do outono deste ano se
reúnam num café, num boteco ou mais possivelmente na timeline de uma
rede social para recordarem, cheios de orgulho, “daquele junho de 2013”.
Quando se formaram multidões que, de um modo contraditório, pareciam
gigantescas afirmações de individualidades. Com seus rostos únicos,
bandeiras variadas, gritos independentes e gestos singulares. A completa
expressão do novo. Daquilo que ninguém ousou prever e do futuro que
ninguém assegurou adivinhar. Esses brasileiros se sentirão como a
geração de 1968, que ainda cultiva as lembranças das heroicas passeatas
contra a ditadura, como os manifestantes de 1984, que se emocionam com
as imagens dos comícios das Diretas-já, e como os caras-pintadas de
1992, que decretaram o fim de um governo corrupto.
Fonte: IstoÉ Independente - 24/06/2013
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