
Aos 72 anos, Eugênio Staub continua trabalhando com afinco. Todo dia, cumpre um expediente de 12 horas em seu escritório, numa travessa da Avenida Paulista, em São Paulo. “Se eu volto antes das 21h, minha mulher pergunta se estou doente”, diz. É uma rotina muito diferente da que o fundador da fabricante de eletrônicos Gradiente imaginou para si mesmo em meados de 2006, quando chegou perto de se aposentar. Na época, Staub se aproximava dos 65 anos, a idade definida como limite por ele mesmo para pendurar a gravata, e contava com a ajuda de uma consultoria para conduzir sua sucessão. Aos poucos, Staub se desligava do dia a dia. Parecia o final perfeito após quatro décadas de trabalho e a criação da maior marca brasileira de eletrônicos. Mas o descanso durou pouco. Menos de um ano depois, a Gradiente tinha uma dívida beirando os R$ 400 milhões. Staub foi obrigado a retomar as rédeas da empresa. Fechou fábricas, demitiu centenas de funcionários e retirou seus produtos das prateleiras. Era o fim da aposentadoria. Desde então, Staub se desdobra para reerguer a outrora gigante dos eletrônicos.
Fonte: Época Negócios - 01/06/2013
0 Comentários - Clique aqui e comente:
Postar um comentário
Deixe seu comentário, crítica ou sugestão.