A propagação do estilo de vida de milionários do mundo da bola, como o do português Cristiano Ronaldo, do brasileiro Neymar e do inglês David Beckham, dá a falsa impressão de que o talento e o vigor físico de um postulante a craque, quando devidamente burilados, são a senha para uma vida financeira sem sobressaltos. Poderia ser assim para muitos, se os clubes, capazes de pagar altas fortunas para atletas encararem estádios lotados, os ensinassem também a melhor maneira de usar o dinheiro que estão recebendo, uma vez que começam a carreira muito novos e, em geral, não têm oportunidade de estudar. Essa falha na formação do jovem esportista, em muitos casos, tem um preço, que é cobrado depois do fim da carreira. No mês passado, uma pesquisa feita na Inglaterra revelou que três em cada cinco boleiros, ou 60%, declaram falência em até cinco anos após se afastarem dos gramados. No Brasil, onde não há um levantamento similar ao realizado na Inglaterra pela XPro, uma instituição de apoio a ex-futebolistas, a falta de responsabilidade social dos clubes não prepara o jogador para além das quatro linhas e acaba contribuindo na formação de ex-atletas com graves dificuldades econômicas.
Fonte: IstoÉ - Comportamento - 30/04/2013
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