Em 84 anos de vida, o empresário Antônio Ermírio de Moraes, um dos donos do Grupo Votorantim, nunca escondeu sua aversão a dívidas e a bancos. Desde que começou a dar as cartas no conglomerado fundado por seu avô, o português Antônio Pereira Ignácio, ele decidiu que usaria o próprio caixa da empresa para fazer investimentos. Seu conservadorismo financeiro começou por um misto de pragmatismo e superstição. Quando ele deixou a presidência do conselho de administração e entregou o comando do conglomerado aos filhos e sobrinhos, em 2001, a dívida não chegava a uma vez a geração de caixa total do grupo. O contraste com a situação atual impressiona. Hoje, a dívida da Votorantim Industrial soma 18,4 bilhões de reais e equivale a 3,6 vezes sua geração de caixa. Está perigosamente perto do limite estabelecido pelas agências de classificação de risco — de quatro vezes.
Fonte: Exame - Negócios - 05/04/2013
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