Na tarde da quinta-feira 22, cerca de duas mil pessoas estiveram no Supremo Tribunal Federal para assistir à posse do ministro Joaquim Barbosa na presidência da corte. Não ocorria ali apenas uma troca de comando. A solenidade era a representação de um avanço da sociedade brasileira, com a ascensão do primeiro negro ao mais importante posto do Judiciário. Mas as cerimônias também estavam carregadas de uma forte expectativa institucional: a de que soprem novos ares sobre a Justiça do País. Ou uma verdadeira ventania, a julgar pela determinação, o estilo corrosivo, o ar desafiador e o rigor com que Barbosa tem atuado no julgamento do mensalão. Ninguém duvida. Joaquim Barbosa não deixará passar em vão seus dois anos à frente do STF. Já no discurso de posse, ele criticou a “desigualdade da Justiça”. Defensor de que os juízes não podem ser indiferentes “aos valores e anseios sociais” e dono de um perfil mais combativo, em contraste com a diplomática gestão do antecessor, ministro Carlos Ayres Britto, Barbosa pretende que a Justiça assuma um novo papel. Mesmo que essa mudança toda se reflita sobre o relacionamento com os demais poderes da União.
Fonte: IstoÉ - Brasil - 24/11/2012
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