
A discussão sobre a importância do setor industrial para o crescimento e o desenvolvimento da economia brasileira ganhou um novo capítulo com a crise das economias desenvolvidas, iniciada em setembro de 2008. Além da forte ação dos países asiáticos, principalmente a China, a Índia, a Coréia e a Tailândia, no sentido de se transformarem nas grandes plataformas de produção de mercadorias para o mundo, intensificada a partir dos anos 1980, e se transformando em grandes competidores de países como o Brasil, a crise financeira iniciada em 2008 trouxe para o Brasil uma nova natureza de problemas, principalmente os problemas ligados ao financiamento das exportações e ao câmbio.
Em torno desses problemas tem estado a discussão sobre as dificuldades que a indústria brasileira vem enfrentado tanto para exportar quanto para competir com produtos importados que vêm concorrer internamente com a produção industrial brasileira. Esses são, realmente, problemas complexos e de difícil solução. Todavia, a discussão está mais centrada nas consequências e pouco se houve falar sobre as causas das dificuldades enfrentadas pela indústria brasileira.

Em todos os momentos de crises internacionais, a indústria brasileira sofre impactos negativos. E por que eles ocorrem? Na minha opinião, são uma série de obstáculos que o Brasil precisa superar para tornar sua indústria mais preparada para enfrentar as crises que são normais e serão cada vez mais normais e ocorrerão em um espaço menor de tempo como conseqüência da complexidade da divisão internacional do trabalho, da influência de novos agentes no comércio internacional e do aumento do volume de capital especulativo que tem aumentado violentamente a volatilidade do mercado financeiro internacional.
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Autor: Alfredo Fonceca Peris
Economista e sócio-diretor da Peris Consultoria Empresarial
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