segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Água no chope alemão?

O economista Marcel Fratzscher, presidente do centro de estudos DIW, com sede em Berlim, tem uma maneira peculiar de iniciar suas palestras na Alemanha. Para reter a atenção do público já na largada, Fratzscher começa sua fala com dois questionamentos. Primeiro pergunta qual é o país da Europa que, nos últimos anos, criou milhares de vagas de trabalho, ganhou participação em importantes mercados internacionais e acumulou notáveis superávits nas contas públicas, mesmo quando quase todos os vizinhos estavam em um mar de lama. Na plateia, poucos costumam vacilar. A resposta certa é a Alemanha. Fratzscher segue, então, para a segunda pergunta: que país tem níveis de investimento inferiores aos de vários outros membros do bloco europeu, registrou crescimento médio inferior ao da União Europeia ao longo da década passada e cujos salários nem sequer acompanharam a inflação em seis dos últimos dez anos? Grécia? Espanha? Itália? A resposta certa, geralmente para surpresa dos presentes, é, de novo, a todo-poderosa Alemanha. Ao publicar Die Deutschland-Illusion (“A ilusão alemã”, numa tradução livre), no fim de setembro, Fratzscher conseguiu colocar suas indagações a respeito do vigor da economia alemã no topo do debate público.
Fonte: Exame - 03/11/2014
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