segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Cultura da avaliacao pessoal matou senso coletivo do trabalho

Tarefas impossíveis, prazos irreais, mudanças de função, demissões inesperadas. A obsessão pelo cumprimento do plano de metas consome todos os escalões da companhia. Entre as baias e corredores, o que mais se observa são equipes desestruturadas, funcionários estressados, exauridos, deprimidos. Sobre um cenário corporativo não tão incomum nos dias de hoje o francês Marin Ledun escreveu o romance policial "No Limite", que lhe valeu algumas distinções no seu país e acaba de ser lançado no Brasil. A narrativa foi concebida a partir da própria experiência do autor, após uma passagem de sete anos pela France Télécom, de 2000 a 2007, como pesquisador de sociologia do trabalho. Em 2006, após um processo de privatização, a companhia adotou uma ousada estratégia de redução de custos. Seguiu-se uma onda de suicídios que pelos seis anos seguintes contabilizaria cerca de 60 casos.
Fonte: Folha - 10/02/2014

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